CONTEÚDO PRODUZIDO PARA 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
Tema da aula: individuo,
identidade e sujeito
Habilidade trabalhada: identificar
diferentes concepções de indivíduo
Indivíduo
• Ser individual diante de tantos outros,
caracterizado por uma suposta unidade do “Eu”
Identidade (aspectos psicológicos
+ aspectos sociais)
• Manuel Castells - aquele que assume
protagonismo de suas ações e encarna um papel de agente de transformação social
• Anthony Giddens – compreendido por
aspectos característicos de sua personalidade de um indivíduo ou grupo
Sujeito
• Marilena Chauí - um ser cuja
substância persiste no tempo, enquanto suas qualidades (predicados) podem
sofrer transformações; ser consciente de Si e fundante do conhecimento
• Nicola Abbagnano - possui dois
significados: 1º relativo a qualidades e atributos de um indivíduo inerentes à
sua natureza; 2º à ideia de espírito e de consciência
Indivíduo e sociedade
• O liberalismo de John Locke – afirma que com
medo da luta de todos contra todos os indivíduos decidem viver em uma sociedade
na qual um governante assume a responsabilidade de garantir a todos vida e
liberdade
• O utilitarismo - atribui especial valor à
finalidade prática ou ao caráter utilitário de um elemento, fenômeno ou
processo, especialmente em sua aptidão ou potencial para produzir o máximo de
felicidade, prazer ou utilidade para o maior número de pessoas.
Questões
1. Por que no mundo atual a ideia de indivíduo
tem sido tão importante?
2. Haveria outra forma de compreendermos a nós
mesmos, sem ser a partir e por meio da ideia de indivíduo?
3. A individualidade sobrevive em meio as regras
sociais?
Tema da aula: teoria
do indivíduo
Habilidade trabalhada: identificar
diferentes concepções de indivíduo
Indivíduo
• O indivíduo é um ser tomado como distinto
e/ou diferenciado dos outros; ele é parte formadora de uma sociedade
• Os indivíduos são responsáveis por formar a
sociedade, a sociedade também atua diretamente na formação do indivíduo
• A sociedade é constituída a partir do
conjunto de todas as relações sociais que os indivíduos mantêm entre si
John Locke e os indivíduos que
compõem a sociedade
• Antes de vivermos em sociedade vivíamos em um
estado de natureza e nele possuíamos: liberdade, igualdade e propriedade (de si
e, pelo trabalho, de tudo o que modificar na natureza, limitando-se ao
necessário para todos os demais)
• Mas há sempre o risco de instaurarmos um
estado de guerra, provocado pela tentativa de um homem submeter o outro
• Solução: adesão de todos a um contrato
social, no qual um governo assume a responsabilidade de garantir a vida e a
liberdade e a propriedade dos indivíduos.
Somos seres históricos e
jurídicos, pois criamos:
• O Estado
• Os tipos de governo que existem
• As relações sociais
• Os motivos de nossa felicidade ou tristeza
O Jeremy Bentham, o
utilitarismo e os a motivação dos indivíduos de obedecerem a regras
• Jeremy Bentham era um filósofo utilitarista,
o que significa dizer que ele atribuía especial valor à finalidade prática ou
ao caráter utilitário de um elemento, fenômeno ou processo, especialmente em
sua aptidão ou potencial para produzir o máximo de felicidade, prazer ou
utilidade para o maior número de pessoas
• Críticas de Bentham a Locke: a liberdade
surge de um desenvolvimento intelectual (não é decorrente de um estado
natural); o contrato social não é historicamente comprovado e só faz sentido se
der satisfação aos indivíduos
• Princípios que norteiam as ações dos
indivíduos: aumento do bem-estar (prazer) e da felicidade; ausência da dor.
• Avaliações dos desejos:
intensidade; duração; certeza; proximidade; fecundidade; pureza
Questões
1. Há diferentes formas de se pensar a relação
entre indivíduo e sociedade?
2. Segundo John Locke, por que os indivíduos
decidem viver em sociedade?
3. Para Locke, qual é a responsabilidade dos
governos?
4. Segundo Jeremy Bentham, quais são os
princípios que norteiam as ações dos indivíduos?
Tema da aula: correção
da atividade sobre a teoria do indivíduo
Habilidade trabalhada:
identificar diferentes concepções de indivíduo
1. Há diferentes formas de se pensar a relação
entre indivíduo e sociedade?
Tratam do tema, mas não
responde à questão:
• A formação e identidade é complexa, e ocorre
em camadas de acordo com o desenvolvimento do ser humano, obviamente existem
fases em que há maior consolidação de identificado. A identidade forma-se a
partir de uma representação de como os individuo são vistos pelos outros e como
o próprio individuo se vê, como ele pensa ser, além disso, existem aspectos da
identidade humana que está relacionada com a cultura a sociedade.
• O indivíduo está relacionado por ser a principal
peça que forma a sociedade. Com deveres, direitos e obrigações cada indivíduo
está diretamente relacionado a sociedade.
• O fato social, objeto de estudo da Sociologia
segundo Émile Durkheim, é constante e ao mesmo tempo anterior e exterior ao indivíduo,
ou seja, o indivíduo é sempre coagido pela sociedade, que exerce toda sua força
sobre as ações e pensamentos individuais.
Modelo de resposta correta: Sim,
como por exemplo a teoria de John Locke e dos filósofos utilitaristas como
Jeremy Bentham.
2. Segundo John Locke, por que os indivíduos
decidem viver em sociedade?
Trata do tema, mas não
responde à questão:
• Antes de vivermos em sociedade vivíamos em um
estado de natureza e nele possuíamos: liberdade, igualdade e propriedade.
• Viviam em natureza eles tinham liberdade de
expressão liberdade de acesso não que não teriam agora, mas eles preferiam e
ver um contexto de liberdade, mas o motor da Liberdade trazendo as
consequências dos seus atos, mas respeitando um ao outro.
• Porque a maioria dos indivíduos decidem
entrar em uma sociedade.
• Para John Locke, o Poder Legislativo é o
poder de governo supremo. É concebido com a função de fazer, com exclusividade,
as leis que estabelecem direitos, limitam o poder do próprio corpo político e
impõem obrigações à sociedade.
• Porque o indivíduo modifica a sociedade e a
sociedade modifica o indivíduo.
Respostas incorretas:
• Os seres humanos em estado de natureza não
vivem em guerra tendem a uma vida pacífica por sua condição de liberdade e
igualdade.
• Porque dentro de todos os indivíduos há um
estado de natureza e nele possuímos a liberdade (de si e pelo trabalho de tudo
o que modificar na natureza limitando se ao necessário para todos).
• Porque ele está ao ar livre e isso para ele é
algo que não se deveria ser governado, ou seja, ser totalmente regrado.
Modelo de resposta: Para
evitar o estado de guerra (guerra de todos contra todos).
3. Para Locke, qual é a responsabilidade dos
governos?
Trata do tema, mas não
responde à questão:
• John Locke criticava, principalmente, a
prática de governo Absolutista, onde os reis tinham poder e total domínio sobre
todos os espectros de uma sociedade.
Modelo de resposta correta:
Garantir a vida, a liberdade e a propriedade.
4. Segundo Jeremy Bentham,
quais são os princípios que norteiam as ações dos indivíduos?
Trata do tema, mas não
responde à questão:
• Ele pensou em uma doutrina moral
consequencialista.
• Ele pensou em uma doutrina moral
consequencialista, ou seja, que visa as consequências das ações morais em
detrimento das próprias ações morais. O que importa, nesse sentido, é o
resultado de certa ação e não a própria ação.
Modelo de resposta correta: Nossas
ações buscam sempre aumentar o bem-estar (prazer) e a felicidades e evitar a
dor.
Tema da aula: tornar-se
indivíduo
Habilidade: identificar as
subjetividades como resultado de construção social
O sujeito sujeitado
• John Locke, Jeremy Bentham e J. S. Mill.
ajudaram a construir a ideia de sujeito da Idade Moderna, em especial do
Período Iluminista
• A ideia de sujeito da Modernidade envolve um
princípio de ação e de conhecimento do mundo (autonomia do sujeito), mas essa
ideia sofre abalos na contemporaneidade (período atual)
Karl Marx, Friedrich Nietzsche
e Sigmund Freud (Mestres da Suspeita) previram o caráter de “sujeito sujeitado”
• Sujeitado: reduzido, dominado,
compelido, forçado, obrigado, submetido
Michel Foucault (1926-1984)
• Michel Foucault aprofunda a ideia de sujeição
afirmando que o sujeito é condicionado por formações discursivas linguística,
jurídica e política
• Os sistemas jurídicos produzem determinado
tipo de sujeito por meio do fundamento da representação (que afirma a identidade
de alguns e exclui da lei os não representados) e em termos negativos (por meio
da limitação do que é ou não possível ou admissível)
Dica de canal de YouTube:
Jana Viscardi
Atividade
1. Qual a diferença da concepção de sujeito do
Período Moderno e Contemporâneo?
2. O que é ser sujeitado?
3. Como é o sujeito descrito por Michel
Foucault?
Tema da aula: indústria cultural
Habilidade trabalhada:
Identificar processos sociais merecedores de crítica
• O termo Indústria Cultural foi desenvolvido
pelos intelectuais da Escola de Frankfurt, especialmente Max Horkheimer e
Theodor Adorno.
• O termo designa o fazer cultural e artístico
sob a lógica da produção industrial capitalista.
• Visa o lucro acima de tudo e a idealização de
produtos adaptados para consumo das massas.
• Tem o intuito de reproduzir os interesses das
classes dominantes, legitimando-as e perpetuando-as socialmente.
• Torna os dominados incapazes de elaborarem um
pensamento crítico que impeça a reprodução ideológica do sistema capitalista.
• A cultura popular e a cultura erudita são
simplificadas e falsificadas para se transformarem em produtos consumíveis.
• Isso provoca a decadência das formas mais
originais e criativas de fazer cultura e arte.
São características da
Indústria Cultural:
• Padronização estética voltada para o consumo.
• Diminuição do senso crítico
• Homogeneização e perda das individualidades
(todos pensam iguais).
• Esvaziamento do indivíduo que tende a ser
preenchido pelo consumo.
Atividade
1. Liste alguns itens que você consome, sem
necessidade?
2. Você já comprou algo, por ser influenciado
por uma propaganda?
Tema da aula: reprodutibilidade
técnica
Habilidade trabalhada: refletir
sobre as perspectivas de pertencimento e de responsabilidade por si mesmo e
pelas demais pessoas e seres da natureza.
Walter Benjamin (1892-1940)
Filósofo alemão, judeu e
membro da Escola de Frankfurt (escola de teoria social e filosofia)
Arte antes da Revolução
industrial:
• Unidade
• Duração
• História
• Autenticidade
Obra de arte na
reprodutibilidade técnica (possibilidade de produzir a obra de arte em série):
• Modificações
• Produção
• Recepção
• Reivindica “status” de arte
• Aproxima a arte do comércio
Autenticidade
• A autenticidade diz respeito ao que tem
existência única
• Dá a obra valor de culto que esconde a arte
de seu público, mistificando-a
Reprodutibilidade
• Permite à obra ir de encontro ao espectador
• Dá à arte funções sociais completamente novas
Atividade
1. Para Walter Benjamin, a autenticidade de uma
obra de arte:
a. Significa sua identidade, exclusividade,
originalidade.
b. É sinônimo de reprodutibilidade técnica.
c. É aquilo que destrói a aura da obra de arte.
2. Qual a diferença entre valor de culto e valor
de exposição?
a. O primeiro retira a arte de seu invólucro e
possibilita o contato dela (arte) com as massas e o segundo diz respeito ao
mercado das obras de arte.
b. O primeiro como que esconde a arte do público,
consistindo na tradição, e o segundo retira a arte de seu invólucro e
possibilita o contato dela (arte) com as massas.
c. Não há diferença.
3. Cite alguns exemplos de obras artísticas
fáceis de serem reproduzidas e difundidas para um grande público.
REVISÃO
Tema da aula: teoria
do indivíduo
Habilidade trabalhada: identificar
diferentes concepções de indivíduo
Autonomia
• Competência para gerir sua própria vida,
fazendo uso de seus próprios meios, vontade ou princípios;
• Direito ao livre-arbítrio que faz com que
qualquer indivíduo esteja apto a tomar suas decisões
Ideia de sujeito na Idade
Moderna:
• O sujeito é autônomo, pois sua razão o
possibilita conhecer o mundo e guiar suas ações (sujeito e objeto)
• Autores que ajudaram a desenvolvê-la: John
Locke, Jeremy Bentham e J. S. Mill.
Ideia de Sujeito na Idade
Contemporânea:
• Somos sujeitados (condicionados) pela nossa
realidade interna (instintos e desejos) e externas (regras sociais e meios de
produção) e, portanto, não possuímos autonomia.
• Autores e como justificam o nosso
condicionamento:
- Karl Marx: somos condicionados por
nossas relações de trabalho;
- Friedrich Nietzsche: somos
condicionados pelas regras sociais;
- Sigmund Freud: somos condicionados por
nossos instintos:
- Michel Foucault: somos condicionados
por formações discursivas (como definimos uma pessoa é um fator condicionante)
Karl Marx, Friedrich Nietzsche
e Sigmund Freud (Mestres da Suspeita) previram o caráter de “sujeito sujeitado”
que é o sujeito condicionado.
Atividade
1. A ideia de sujeito autônomo surgiu a partir de
que período histórico?
2. Qual a alternativa abaixo que contém somente
autores que contribuíram para a derrocada da ideia de sujeito na
contemporaneidade:
a. René Descartes, Baruch Spinoza e Immanuel
Kant.
b. John Locke, Jeremy Bentham e J.S. Mill.
c. Friedrich Nietzsche, Karl Marx e Sigmund
Freud.
3. Por que a ideia de sujeito autônomo é
criticada?
REVISÃO
Tema da aula: Paul Ricoeur e o
tornar-se indivíduo
Habilidade trabalhada:
Identificar as subjetividades como resultado de construção social
Paul Ricœur, afirma que o
indivíduo possui duas dimensões:
1. Membro de uma sociedade;
2. Ser independente e
autônomo;
E, segundo o autor, nos
individualizamos através da linguagem.
Linguagem
• A linguagem é o ponto de partida, por meio
dela nós expressamos e dizemos o mundo, ou seja, ela é a principal forma pela
qual colocamos para fora aquilo que pensamos. Através da linguagem o ser humano
é capaz de dizer o indivíduo de três formas:
I. Descrições Definidas: na
frase “o executivo que sempre compra o jornal de esportes” podemos observar:
• O executivo: de todos os executivos nos
referimos ao que sempre compra o jornal de esportes.
• O jornal de esportes: de todas as pessoas do
mundo, nos referimos ao indivíduo que sempre compra o jornal.
• Portanto, ao descrevermos, nós cruzamos
categorias para designar um indivíduo.
II. Nomes Próprios:
referem-se a uma designação específica e permanente, tem a função de designar a
singularidade do indivíduo. Por exemplo, quando digo Marcelo, estou me
referindo a uma pessoa específica restando apenas especificar suas
propriedades, como: Marcelo, o aluno educado ou Marcelo, o aluno alto da 3ª
série
III. Indicadores: podem
ser pronomes pessoais (eu e tu); pronome demonstrativo (isto e aquilo);
advérbio de lugar (aqui e além); advérbio de tempo (amanhã e agora); além de
outras categorias gramaticais. Os indicadores são diferentes dos nomes porque
podem designar seres diferentes.
A ipseidade é a fala
que usamos para dizer o que pertence ao indivíduo à sua singularidade, aquilo
que entre os vários de uma espécie, diferencia um só.
Atividade
1. Para Paul Ricoeur, como nós nos configuramos
como indivíduos?
a. Pela nossa liberdade natural.
b. Pelo contrato social.
c. Pelas práticas corporais.
d. Pela narrativa de nós mesmos.
e. Pela nossa essência.
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