CONTEÚDO PRODUZIDO PARA
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
Tema da aula: Nietzsche, Filosofia,
Arte e Vida (A filosofia e outras formas de conhecimento: arte)
Objetivo da
aula: Refletir sobre a condição estética e existencial do homem
Habilidades
trabalhadas:
- Discutir a condição estética existencial dos
seres humanos (habilidade essencial);
- Relacionar informações, representadas de
diferentes formas, e conhecimentos, disponÃveis em diferentes situações,
para construir argumentação consistente;
- Utilizar ferramentas digitais online e offline
para executar tarefas.
CONCEITUANDO
No livro, O nascimento da tragédia, publicado em 1872,
pelo filósofo Friedrich Nietzsche, atribuiu a arte um papel central na cultura
humana. Estudando a Antiguidade grega, ele afirmou que a criatividade e a
beleza daquela civilização se deveram a sua capacidade de articular duas forças
que em princÃpio são opostas. Denominou essas forças inspirado na mitologia
grega. Chamou de apolÃneo (relativo ao deus Apolo)
o princÃpio que representa a razão como beleza harmoniosa e moderada,
organizada. E denominou dionisÃaco (relativo a DionÃsio) o princÃpio que
representa a embriagues, a desordem, a falta de medida, a paixão.
Apolo e
DionÃsio |
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Apolo Venerado como o deus do Sol, da profecia, da poesia, das artes, da música, da cura, da justiça, da lei, da ordem e do tiro ao alvo. Apolo é um dos mais amados deuses olÃmpicos, sendo visto com um deus justo, que defendia a tolerância. |
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DionÃsio Deus grego do vinho, da natureza, da fecundidade, da alegria, do teatro e das festas e um dos mais importantes deuses da mitologia grega. |
Para Nietzsche, nenhuma arte pode ser puramente apolÃnea
(isto é, centrada na razão e na harmonia) nem puramente dionisÃaca (isto é,
centrada na desordem criativa e no excesso). A criação humana depende da
articulação dos dois princÃpios, uma vez, que o dionisÃaco nos dá o princÃpio
criativo e o apolÃneo nos dá a ordem e a harmonia necessária para a produção do
belo.
Para Nietzsche é a arte (com suas forças de criação) que nos faz plenamente humanos, pois ela nos dá a oportunidade de produzir nossa própria vida, construindo o que somos à medida que vamos vivendo.
“Apenas os artistas, especialmente os do teatro, dotaram os homens de olhos e ouvidos para ver e ouvir, com algum prazer, o que cada um é, o que cada um experimenta e o que quer; apenas eles nos ensinam a estimar o herói escondido em todos os seres cotidianos, e também a arte de olhar a si mesmo como herói [...] – a arte de se “pôr em cena” para si mesmo.”NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência.
APROFUNDAMENTO
VÃdeo: A arte serve para quê?
Sinopse: A arte tem a ver com a criação. Você vai ver que um artista cria um mundo novo, que pode ser feito de sons, cores, formas, palavras e gestos. Esse mundo novo, a obra artÃstica, mexe com os nossos sentidos e transforma a nossa visão da realidade.
DICAS CULTURAIS
Música: Comida
Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto.
Animação: Irmão do Jorel
Episódio: Meu amigo Vicente
Sinopse: Irmão do Jorel está com notas baixas em educação artÃstica e Seu Edson o ajuda dando aulas particulares com a maior enciclopédia do mundo. Irmão do Jorel embarca numa aventura surreal dentro do livro e conhece Vicente Van Gogh, maior pintor e pior vendedor de todos os tempos. Irmão do Jorel está disposto a ajudar o novo amigo a encontrar a orelha roubada viajando por vários perÃodos da história dentro da enciclopédia até encontrar um suspeito muito talentoso: Beethoven.
ATIVIDADE
1. Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e DionÃsio, respectivamente, como:
a. ( ) Complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas.
b. ( ) Movimento e ausência de sentido: polos de tensão na existência humana.
c. ( ) Alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e subversão de toda moral humana.
d. ( ) Razão e desordem: dimensões complementares da realidade.
2. Assinale a alternativa que descreve corretamente o dionisÃaco e o apolÃneo.
a. ( ) O dionisÃaco é a personificação da razão grega; o apolÃnio equivale ao poder mÃstico do uno primordial.
b. ( ) O dionisÃaco é o homem teórico que personifica a sabedoria filosófica; o apolÃneo é a natureza e suas forças demonÃacas.
c. ( ) O dionisÃaco é o instinto, a embriaguez e a força vital; o apolÃneo é a racionalidade, o equilÃbrio, a força figurativa.
d. ( ) O dionisÃaco representa a força figurativa atuante na arte; o apolÃneo representa a música primordial não objetivada.
3. Leia os poemas atentamente e classifique-os como apolÃnio ou dionisÃaco.
a. “Deveis estar sempre embriagados. Aqui reside tudo. É a única questão. Para não sentir o horrÃvel fardo do Tempo que vos esmaga os ombros e vos verga para a terra, é imperativo embriagar-se sem descanso.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vosso gosto. Mas embriagai-vos...”
BAUDELAIRE, Charles. Embriagai-vos!
( ) ApolÃneo
( ) DionisÃaco
b. Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
BILAC, Olavo. Ora direis ouvir estrelas.
( ) ApolÃneo
( ) DionisÃaco
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